segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mas a verdade é que eu odeio o equilíbrio .


Porra, se eu tô puta, eu tô puta ! Se eu tô com ciúme, não vou sorrir amarelo e mostrar controle porque preciso parecer forte e bem resolvida . Se o filho da puta que senta do meu lado é um filho da puta, eu não vou fazer política da boa vizinhança, eu vou mais é berrar e libertar essa verdade de dentro do meu fígado : você é um grandessíssimo filho de uma puta ! Se a vaca da catraca do teatro me tratou mal, eu vou mais é falar mesmo que ela é uma horrorosa que não vê pica há anos, ou melhor, que a última pica que viu foi do padrasto que a estuprou ! O sangue ferve aqui dentro, e eu não tô a fim de transformá-lo num falso líquido rosa que um dia vai me dar um câncer . Eu não tô a fim de contar até 100, eu quero espancar a porta do elevador se ele demorar mais dois segundos, quero morder o puto do meu namorado que apenas sorri seguro enquanto eu me desfaço em desesperos porque amar dói pra caralho .


Nenhum comentário:

Postar um comentário